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Risco

Alerta de riscos globais: decisões num piscar de olhos

A incerteza e a turbulência do mundo global aumentaram a complexidade da tomada de decisões nas empresas. Tal implica que as empresas tenham de antecipar e gerir os riscos que perturbem as suas estratégicas de desenvolvimento.

A incerteza e a turbulência do mundo global aumentaram a complexidade da tomada de decisões nas empresas. Tal implica que as empresas tenham de antecipar e gerir os riscos que perturbem as suas estratégicas de desenvolvimento.

É crucial ter em conta os desafios emergentes que são colocados a quem precisa de tomar decisões em "tempo real", para a qual, necessitam de uma compreensão dos riscos globais e das mudanças que provavelmente ocorrerão no futuro.

Entidades reconhecidas internacionalmente analisam a situação de risco a nível global através de inquéritos e entrevistas a líderes de grandes empresas e publicam anualmente relatórios de risco globais.

Neste artigo podes encontrar informação sobre riscos globais que são consensuais em todos esses relatórios, assim como, a título exemplificativo, os links para alguns desses relatórios:

Ciber segurança e segurança de dados

 Os relatórios de risco mostram que a exposição ao risco de violação de dados foi dos mais elevados para as empresas em 2022 e os ataques de “ransomware” aumentaram 80%. A palavra "ransomware" vem do inglês “ransom” significa resgate e “ware” vem da palavra software. "Ransomware" é um tipo de software que pode bloquear arquivos e até sistemas de computador inteiros e, em seguida, é exigido o pagamento de um resgate para devolver o acesso. Para mitigar estes riscos as empresas desenvolvem políticas de segurança cibernética.

Capital humano, diversidade e gestão de talentos

A importância do tema deve-se ao facto das empresas necessitarem de ser ágeis para se adaptarem ao mundo atual que está em permanente mudança. Há uma escassez global de talentos, especialmente nas áreas técnicas. Na área da digitalização e inteligência artificial não basta ter programas de promoção da cultura de inovação. É essencial reter e atrair talentos com conhecimentos nestas áreas.

As abordagens “ESG- Environmental (Meio ambiente), Social, Governance (Governança)” das empresas serão diferenciadoras na atração e retenção de colaboradores mais jovens. A cultura e os objetivos ESG constituirá, no futuro, uma alavanca para as empresas criarem novas oportunidades para a força de trabalho jovem.

Alterações climáticas e sustentabilidade ambiental

As alterações climáticas são o tema mais persistente nos relatórios de risco. Para além da esperada aceleração das sanções neste âmbito, também os eventos climáticos extremos que se fazem sentir em todo mundo fazem com que este risco seja mais imprevisível. A boa governança é um fator-chave para balancear a boa comunicação das empresas sobre os riscos ambientais e as melhorias a efetivar na gestão desses mesmos riscos.

Risco macroeconómico e geopolítico

A guerra na Ucrânia teve o maior impacto nos riscos macroeconómicos e geopolíticos. À medida que os mercados se diversificam em relação às matérias primas que tradicionalmente provinham da Rússia, as empresas enfrentam interrupções na cadeia de fornecimento e os preços são estruturalmente mais altos. O impacto direto e imediato faz-se sentir na inflação e no custo de vida. As diferentes políticas que cada país desenvolve complica o ambiente operacional e de negócios das empresas multinacionais. As empresas voltam a sua atenção para a agilidade, estando atentas às alterações que as rodeiam em termos de legislação, apoios do estado e especialmente aos riscos na cadeia de fornecimento, de forma a conseguirem seguir o seu caminho.

Em relação ao permanente stresse nas cadeias de fornecimento, a ação mais comum das empresas é desenvolverem alternativas e/ou múltiplos fornecedores e diversificarem geograficamente esses mesmos fornecedores para responder às tendências geopolíticas. A segunda ação mais comum é o desenvolvimento de estratégias de continuidade de negócios.
Apesar destes progressos, muitas empresas têm de melhorar a transparência da cadeia de fornecimento e intensificar a colaboração com os fornecedores, subfornecedores e outros parceiros relevantes, de forma a obterem informação significativa e de qualidade para definir as melhores estratégias de continuidade.

Disrupção digital e novas tecnologias

O desenvolvimento para tecnologias emergentes irá continuar a um ritmo acelerado na próxima década, produzindo avanços em inteligência artificial, computação quântica e biotecnologia. Estas tecnologias serão uma ajuda através de soluções parciais para um conjunto de crises emergentes, tais como novas ameaças para a saúde, aumento da segurança alimentar e mitigação do impacto das alterações climáticas.

O nível de digitalização de cada empresa é muito distinto, podendo ir de uma simples ligação em rede até à existência de sofisticadas plataformas online. Os dados que as empresas têm são um fator chave para a inovação, visto permitirem destacar novas oportunidades de negócio. No entanto, é fundamental equilibrar a fragmentação desses dados, uma vez que esta constitui uma barreira para a digitalização.

Em termos de estratégia, as empresas que já apostaram na digitalização, preparam-se agora para a inteligência artificial. Para suavizar este salto tecnológico, muitas empresas adotaram programas de análise de dados como passo intermédio até à inteligência artificial.